Eu ando pela cidade que luta para ser um arquétipo, aqui minhas pupilas não dilatam-se é sempre muito sol e dói cronicamente andar por aqui, as pessoas são saturadas de liberdade e tem aparência extrema. Eu não sei da minha aparência, eu não tive tempo de olhar mas acho que existo por inteira mesmo sem existir.
Eu ando pela cidade para encontrar mas é um baile de máscaras encontrar, segue aparecendo e sumindo por alguma necessidade latente que é capaz de suprir na gente mas eu olho o caminho fingindo não me importar com quantas voltas ainda dê.
Eu ando pela cidade há muito tempo mas não conjugo o verbo pelo tempo, na esquina tem um abismo e eu sempre sei a altura mas pulo mesmo assim, lá é escuro e finalmente minhas pupilas dilatam-se.