É que ando sentindo coisas ao mesmo tempo, coisas estas que são totalmente opostas.
Não sei, aliais eu sei... Percebe? São duas coisas. Saber e não saber.
Aquela incompatibilidade crônica, vezes outra é compatibilidade crônica.
É certo afirmar que tudo se varia - o amor, o ódio, o egoísmo... Tudo se varia, pra todo mundo, não importa quem, que seja para os miseráveis, infelizes, felizes, medíocres, apaixonados, pra todos, tudo se transforma.
Mas não é variação, não é transformação.
Sinto sim, tudo ao mesmo tempo.
Não é ódio se transformando em amor e nem vice versa, não é egoísmo se transformando em solidariedade nem vice versa. Não é variação deles. É tudo, entende?
Sinto nos nervos essa miséria que é sentir sem meu consentimento, essa eterna ingenuidade.
Esse sentir feito de risos e de lágrimas, desse sentir esquisito, ambíguo, irresponsável e proteiforme.
Desse sentir que aclama sem interesse, e depois aclama com interesse.
Esse sentir que é inteiramente mais sensível as horas tardias.
Desse sentir ambicioso e outras vezes despretensioso.
Esse sentir inconfessável...
Por que não se pode sentir só um? Por que tem que ser tudo?
Pois bem: não há respostas.
Doce angústia.
ResponderExcluirtão intenso!
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