quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Na terceira pessoa.

Há algum tempo, ela se cansou de tudo e foi procurar coisas mais interessantes para se cansar... e achou... Agora ela tenta se desinteressar. Tenta, tenta de novo e nada. Não consegue, simplesmente não dá.
Ela vive tomando choques de realidade, mas ao invés de acordar pra vida, faz é dormir e bem mais profundamente.
Ela não acredita nessas coisas esotéricas, mas fica fazendo combinações astrais com o signo alheio. Ela sabe muito bem o que isso significa, mas prefere fingir que não sabe.
Ela insiste em coisas sem fundamento, sentimentos e reciprocidades inexistentes. E continua, continua e continua. Mas sempre diz : "Um dia crio vergonha e paro."
Quem ela ama, a mata todos os dias, e nem ao menos percebe isso. Ela não diz, mas poderia dizer. Ah! Como poderia.
Ela tem mania dos auto-diálogos... : "Ei, cadê o amor própio? Não sabe? Pois trate de achá-lo o mais depressa possível."
Ela tem um segredo que não ousa dizer em voz alta.
Ela adora esse " nem sim nem não " , mas as vezes ela necessita da certeza.
E os auto-diálogos voltam... : " E se nós... E se a gente... E se fosse... E se eu... E se você... E se... Mas e se..."
Apesar dela ter uma leve certeza de que os "SE" nunca irão acontecer, ela fica fazendo planos em cima deles.
Ela não consegue se conter perto da pessoa amada, é algo que sai dela, sem ao menos ela querer ou planejar. Mas ela não se atreve a dizer o que sente. Provavelmente nunca se atreverá.
Mas de uma coisa ela tem certeza, não quer se lamentar pelo resto da eternidade aquilo que não viveu por medo, receio, preguiça ou até mesmo orgulho.

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