sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A troca.

Sentei-me sozinha destilando silêncio, com uma xícara de café com essência de vazio, para escrever e fazer uma troca com as palavras... Que elas fiquem com o meu vazio e eu me encha, mesmo que de nada, mas que eu me encha...
Elas aceitaram a troca, e daí em diante nos tornamos velhas companheiras, somos quase cúmplices naqueles instantes que acontecem a troca do vazio pela sensação de esvaziar o vazio, de tirar o imenso peso que ele causa.
Elas (as palavras) me perguntam sem perguntar... E eu respondo com ajuda delas mesmas.
Digo: dói tanto, tanto...Dói, mas tem poesia.
Poesia causa emoções, e eu tenho medo de emoções.
Estou com uma grande falta de saco, para aturar presenças.
Procuro presenças, e elas tem uma grande falta de saco para aturar a minha.
É tão difícil.
E esse talvez imposto por uns "alguéns" vive me intrigando, vem sem ao menos dizer quando se tornará uma certeza, ou se nunca se tornará uma certeza.
São incertezas demais.
Péssimas tendências.
É inconstância dos conceitos.
Aí , as palavras voltam, e me dizem sem dizer... " Tenha paciência! "
Eu digo: Não tenho paciência em ouvir isso, desculpe.
Só queria que as vezes houvesse um botão que me desligasse, pelo menos até isso passar. Mas não tem.
Minha resistência está acabando, eu sei disso, eu sinto isso.
Devo estar em algum dia de baixa resistência coletiva, pode ser isso.
As palavras voltam, e me dizem sem dizer, novamente... " Me use o quanto quiser, se assim eu te ajudo, repito me use o quanto quiser.Questione, responda, ame, busque, se declare, se revolte, tudo através de mim..."
Eu digo: Sim, te usarei... Mas hoje, vai ser questionando...:
Estou com uma grande questão, depois que não achei uma solução exata para os meus problemas... " Serei eu o meu próprio problema?"
Se puder (palavras) me responda...

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