terça-feira, 21 de junho de 2011

Piloto automático.

Ora, todos são estúpidos demais pra perceber que eu nem estou mais ali, que minha cabeça está viajando, dando milhões de voltas enquanto ao meu redor gastam saliva e mais saliva contando suas lorotas. Cruzo as pernas, bocejo, estalo os dedos mas nada adianta, continuam falando. Então ligo o piloto automático, é até bom, sabe sorrir, sentir prazer e achar que realmente é feliz. E eu fico só como uma mera observadora de mim mesma. Tenho repulsa de ouvir os mesmos discursos e quando tento novos, fazem como eu, acionam o piloto automático, ninguém ouve.
Entrei em deflação emocional aos 16, desde então faço drama mexicano num romance tipicamente inglês ou ao contrário.
Tento novas filosofias de vida toda semana.
As vezes minto, sempre omito. As únicas vezes que usei a verdade e escancarei minha alma, ela foi esmagada logo em seguida. Caio tinha razão ao dizer: "nunca, jamais diga o que sente. Por mais que doa, por mais que te faça feliz. Quando sentir algo muito forte, peça um drink." Coitado do meu fígado.

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