sábado, 9 de abril de 2011

Acho que falo de mim.

Pensa que realmente viver próximo a ela é um sacrifício terrível. Sempre está insatisfeita. É insatisfação consigo mesma, insatisfação com o próximo, insatisfação com essa liberdade limitada. É crônica essa insatisfação. Fora esse seu drama que é passível de novela mexicana, mas sua atuação é em segredos.
Uma indecisa, isso que é. Fica sempre naquela de roleta russa; pode ser que sim, pode ser que não. Sabe o que deseja, mas cogita usar a renúncia para eles e usa. Depois vem a corrosão da renúncia cometida, do erro cometido. Falta sutileza, o resto sobra. Vive no equilíbrio bambo, o que não combina nada com a libriana que é.


Filósofos de rua a perseguem, falam de hipocrisia, de ignorância, de música, de amor e como falam de amor, quando começam a resenhá-lo chega a acreditar que ama. Desiste. Desiste. Desiste. Sempre essa sucessão de desistências. Mas resta um pouquinho de fé nesses seus desesperos. Dizem que desesperar-se rende. Ela vive rendendo.

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